Por GLOBOESPORTE.COM *São Paulo
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- Quando cheguei (em 2006), o São Paulo era campeão mundial e estava sem fome porque vinha ganhando tudo. Eu disse que estava com fome, precisava ganhar. É difícil convencer um grupo campeão de tudo, mas fomos tricampeões brasileiros. Chegar nessa situação é diferente. Mas estou com muita fome e não falaria não para um clube que me abriu as portas, me criou. Vocês não sabem, em todo lugar que eu vou a torcida do São Paulo pede para eu voltar, é uma loucura. Estou voltando em um momento difícil e acho que vamos sair dessa.
Muricy admite que o clube não sabe lidar com a situação atual e acredita que isso se dá porque não é comum o Tricolor brigar para não cair. Para resolver o maior problema do time, Muricy vai usar seu mantra de toda a carreira: menos papo e mais trabalho.
- É um momento que nunca viu o São Paulo passar. Não tem experiência nisso. A verdade é essa. então, volto a repetir: é preciso menos discurso e realmente muito trabalho. A única coisa que melhora não é o discurso, a conversa é fácil. É o resultado. Buscar o resultado. Como? É a maneira de trabalhar, não existe ninguém mais importante que o clube. Tem de passar esse discurso aos jogadores. Todo mundo tem de abrir mão de alguma coisa. Temos de tirar o clube dessa situação de qualquer maneira - disse o novo treinador.
É preciso menos discurso e realmente muito trabalho"
Muricy Ramalho
- O Paulo fez um grande trabalho. Pegou o time em situação complicada, teve problema da parte física. Acho que o time melhorou muito, tenho acompanhado. Claro que precisa ter resultado. É assim. A gente está em fase que time na situação do São Paulo não dá só o discurso, palestra com jogadores. Tem que conseguir rapidamente a vitória, e cada um tem sua maneira de trabalhar. Eu tenho a minha. O que mais vou procurar é isso. Deixar os problemas de lado. Temos que resolver o problema de vitória.
Contrato assinado em 30 segundos
Demonstrando publicamente o amor que sente pelo São Paulo, Muricy revelou que levou uns 30 segundos para assinar contrato desta vez. O acordo é por tempo indeterminado e não prevê multa em caso de rompimento.
- Só amor pelo clube não adianta. Tem de trabalhar. Tem de fazer os caras darem resultado, escalar o time, fazer o que é melhor. Existe a coisa do amor porque eu nasci aqui, é minha casa, encontrrei pessoas que estão aqui há 20 anos. Também fiz parte disso. Sinto algo a mais, não é só profissional. Aquela vez demorei um minuto pra assinar (contrato) e agora uns 30 segundos. Não briguei por salário e por nada. O sentimento pelo clube é importante.
Dirigente exalta Muricy, sem esquecer de Autuori

(Foto: Marcos Ribolli)
- Com muita satisfação nós fazemos a reapresentação do Muricy. O bom filho à casa torna. E isso é uma grande satisfação para todos nós, para a torcida, para a coletividade. Autuori ficou pouco tempo conosco, mas teve uma passagem marcante. Ele enfrentou grandes dificuldades, mas o saldo do trabalho foi muito positivo. Ele conseguiu recuperar a forma física da equipe, melhorar bastante a autoestima dos jogadores. Mas o futebol, que é paixão, vive circunstancia inédita, uma situação desconfortável na tabela. A diretoria sempre acompanhou com muita seriedade isso. Nós não estamos otimistas em relação à posição, mas confiantes em poder sair dela - justificou o dirigente.

Depois de duas passagens como treinador do São Paulo, Muricy Ramalho tem números expressivos. Em 364 partidas, foram 197 vitórias, 101 empates e 66 derrotas, aproveitamento de 63,3%. O Tricolor marcou 629 gols e sofreu outros 353.
*Alexandre Lozetti, Carlos Augusto Ferrari, Cássio Barco e Diogo Venturelli
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